O presidente Lula (PT) fez um discurso de posse, neste domingo (1), fazendo referência à frente ampla que o elegeu, além de defender a democracia ameaçada várias vezes nos últimos quatro anos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.
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“O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com a verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências”, disse Lula em sessão solene do Congresso.
“Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!”, completou.
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Em diversos momentos, Lula se referiu à gestão de Jair Bolsonaro (PL) sem citar o nome do adversário. Lula prometeu revogar, por exemplo, os decretos que flexibilizaram o porte de arma e revalorizar a transparência na gestão pública. Bolsonaro ficou conhecido por decretar sigilos de gastos e decisões do governo.
“Estamos revogando os criminosos decretos de ampliação do acesso a armas e munições, que tanta insegurança e tanto mal causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer mais armas; quer paz e segurança para seu povo”,
“A partir de hoje, a Lei de Acesso à Informação voltará a ser cumprida, o Portal da Transparência voltará a cumprir seu papel, os controles republicanos voltarão a ser exercidos para defender o interesse público”, reforçou Lula.
Quebra de protocolo
Mostrando estar à vontade no Congresso Nacional, o presidente Lula quebrou o protocolo antes de discursar antes da posse. Na hora de assinar o termo, o petista pediu a palavra e disse aos parlamentares que usaria uma caneta de valor sentimental. Ele disse que não utilizaria a disponibilizada pelo Congresso.
“Eu estou vendo aqui o ex-governador do Piauí, companheiro Wellington, eu queria contar uma história. Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício, depois fomos caminhar até a igreja São Benedito. Ao terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 1989”, disse Lula.
O presidente lembrou que não ganhou as eleições de 1989, de 1994 e de 1998. “Em 2002, eu ganhei as eleições e, quando cheguei aqui, tinha esquecido a minha caneta e usei a do senador Ramez Tebet”, contou.
“Em 2006, assinei com a caneta aqui do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington, é uma homenagem ao povo do Piauí”, relatou Lula.
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