Candidatos e partidos terão volume recorde de recursos para financiar campanhas eleitorais em 2022, conforme prevê o Orçamento da União para o próximo ano: serão R$ 4,9 bilhões em dinheiro público. Levantamento publicado pelo jornal O Globo com base nas alianças em formação mostra que o ex-presidente Lula e seus aliados na esquerda e o presidente Jair Bolsonaro e sua base do Centrão deverão ter volume parecido de verba para concorrer às eleições.
Caso se concretize a união com o PSB, o PCdoB e o PV, Lula e aliados terão R$ 878,3 milhões disponíveis para gastar em campanha. Enquanto o atual presidente e seus potenciais apoiadores deverão ficar com R$ 870 milhões. Ou seja, os dois blocos devem somar R$ 1,75 bilhão em recursos.
A liderança no quesito entre os candidatos à Presidência, no entanto, provavelmente dependerá da decisão a ser tomada pelo União Brasil, legenda que será formada a partir da fusão entre DEM e PSL. O União Brasil aparece no topo da lista, com R$ 776,4 milhões — quase o dobro do PT —, mas ainda não há uma decisão tomada sobre o caminho em 2022. O partido discute a possibilidade de lançar candidatura própria ou de apoiar Sergio Moro (Podemos).
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A divisão de recursos entre os partidos é baseada no tamanho das bancadas eleitas na Câmara. O PT, de Lula, deve receber R$ 488 milhões. Já o PP, que hoje apoia Bolsonaro, deve ficar com R$ 341 milhões. O PL, partido do presidente, tem previsão de receber R$ 285,1 milhões, e o Republicanos, R$ 243,9 milhões. Em conversas com os petistas para indicar o vice de Lula, o PSB deve receber R$ 265,6 milhões; o PCdoB, R$ 75 milhões, e o PV, R$ 49,7 milhões.
As eleições de 2022 serão as mais caras da história. Em 2018, as legendas tiveram R$ 1,7 bilhão. Nas eleições municipais de 2020, o montante foi de R$ 2 bilhões. A verba eleitoral é destinada para as despesas com propagandas, viagens de campanha e outros gastos do partido. O recurso previsto no orçamento abastecerá as campanhas para presidente, governador, deputado e senador.
O fundo eleitoral é divido com base no número de representantes eleitos para a Câmara e para o Senado na última eleição geral, bem como o número de senadores filiados ao partido que, na data do pleito, estavam no 1º quadriênio de seus mandatos.
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