Em suas redes sociais, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, anunciou que defenderá a neutralidade da legenda para as eleições presidenciais na próxima convenção partidária. Segundo ele, a possibilidade de uma posição neutra já vem sendo cogitada desde março, quando o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) desistiu se sua pré-candidatura à presidência da república. Kassab também afirma que deixará sua manifestação sobre a escolha pessoal de candidato para o futuro.
Segundo o líder partidário, o projeto de liderança da sigla estava concentrado na candidatura de Pacheco. Sem ela, porém, o partido não possui outra alternativa além da neutralidade. “Foram ouvidos parlamentares (em todos os níveis), dirigentes partidários, líderes de todos os cantos do país. A constatação é que não temos unidade para caminhar coligados com um candidato de outro partido. Diante das opções existentes, haveria preferências diversas no partido não apenas quando consideramos o Brasil, mas em instâncias partidárias dentro de Estados e, até, de municípios”, declarou Kassab.
A possibilidade de uma candidatura futura nas próximas eleições, porém, não ficou descartada. Diante da desistência de participar direta ou indiretamente no pleito presidencial, Kassab afirma que “ficou a semente de um excelente projeto para o Brasil, que o PSD não abandonou, apenas adiou”.
Até então, o PSD mantinha um jogo triplo em rede de apoio a candidatos: cogitou uma aliança com o PT antes da filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, manteve diálogo com o PSDB ao redor de uma possível campanha de Eduardo Leite e chegou a manifestar solidariedade a Ciro Gomes (PDT). A adesão de Kassab poderia representar um forte apoio legislativo em um governo futuro: atualmente, a legenda conta com a quinta maior bancada na Câmara, com 47 deputados, e com a segunda maior do Senado, formada por 11 senadores.
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