O presidente do Cidadania, Roberto Freire, rebateu a possibilidade de João Doria recorrer à Justiça Eleitoral questionando uma eventual decisão do PSDB contrária ao seu nome como candidato à presidência. “Ninguém discutiu judicialização porque não tem pé nem cabeça. Não se pode impor a uma coligação uma decisão interna de nenhum dos partidos. A prévia tem todo o nosso respeito, mas se fosse o candidato do PSDB e para o PSDB. Não quando se abre para todos os parceiros.”
Em 2021 o PSDB realizou uma eleição entre filiados para escolha do pré-candidato do partido às eleições deste ano. Doria disputou com o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. A vitória do paulista, no entanto, foi acompanhada de uma escalada de brigas internas e articulações de uma ala favorável a Leite para mantê-lo como opção da terceira via.
Esta semana havia expectativa de que os partidos que tentam emplacar um nome alternativo anunciassem qual seria o candidato de consenso, mas diante dos impasses e da resistência de João Doria em aceitar sair do páreo, uma nova reunião foi marcada para a próxima semana. “Todos concordamos que temos que convocar as direções nacionais e isso será feito na terça-feira. Depois disso, cada partido vai cuidar de implementar no que foi decidido”, complementou Roberto Freire.
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O grupo que se coloca como de terceira via é composto por MDB, PSDB e Cidadania. O União Brasil também estava nas discussões, mas o presidente, Luciano Bivar, decidiu sair da composição para se lançar candidato.
As discussões agora se dão em torno do nome de Simone Tebet (MDB). Um dos fatores que pesa favoravelmente a ela é a baixa taxa de rejeição comparada à de Doria. Pesquisa Genial/Quaes de abril deste ano indicou que o tucano ultrapassava o presidente Jair Bolsonaro na taxa de rejeição, somando 63%. Bolsonaro acumulou 60% nessa sondagem.
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