O jornalista Juca Kfouri, conhecido nacionalmente pela cobertura de esportes, entrou na campanha pelo “voto útil” encabeçada pelo ex-presidente Lula, candidato do PT à Presidência, nesta disputa eleitoral. Em uma live promovida pelo Instituto Conhecimento Liberta, nesta terça-feira (13), Juca fez um apelo aos eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) para que votem em Lula.
“Agora, vai ficando claro o seguinte: olha, eleitor de Ciro Gomes, o Ciro não tem a menor chance de chegar ao 2º turno. Olha, eleitor da Tebet, a Tebet não tem a menor chance de chegar ao 2º turno”, disse. “Se você mantiver seu voto tanto nela como nele, o máximo que você vai conseguir é botar o Bolsonaro no 2º turno”, defendeu o jornalista.
O jornalista chamou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição, de “sociopata”. Para ele, com uma eventual vitória de Lula, iniciará no Brasil uma política de tolerância, sem colocar a vida das pessoas em risco. “Pensem nisso. Não se trata de ser pró Lula, pró PT. Não. Trata-se de ser ou não contra o Bolsonaro. Faça a sua escolha. Eu volto a dizer, a escolha não é entre o PT e o Bolsonaro. A escolha é entre a civilização e a barbárie”, completou.
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Campanha petista
O ex-presidente Lula vem estimulando o “voto útil” para tentar vencer a eleição presidencial no primeiro turno. Em reunião nesta terça-feira (13) com apoiadores, Lula defendeu a vitória já no dia 2 de outubro. “Se você tem candidato que tem 1% e está acreditando que vai ganhar, eu que tenho 46% tenho que acreditar que é possível nesses próximos 20 dias conquistar os 4% de votos que faltam. Os 5% que faltam para ganharmos as eleições”, disse.
Ao blog do jornalista Ricardo Noblat, o cientista político Antônio Lavareda disse que essa estratégia seria um “erro crasso” da campanha petista. “Não se didatiza esse eleitor. Não se ‘educa’ ninguém para a ‘utilidade’ do voto. A parcela dos que na reta final de uma campanha podem modificar sua escolha, abdicando da preferência original para ajudar a derrotar o candidato ou partido que mais rejeitam, tem tamanho conhecido em diversas democracias”, disse Lavareda.
“Esse cálculo supõe que o eleitor possua uma taxa de interesse elevado na política e alguma orientação ideológica na base das suas atitudes negativas face a um ou outro candidato. Isso preexiste à campanha”, completou.
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