Palestrei, no mês de dezembro de 2018, num seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na ocasião, o então presidente da Corte de Contas me dirigiu um questionamento sobre assunto de singular importância.
A indagação buscava uma opinião acerca do modelo de escolha dos conselheiros e ministros dos Tribunais de Contas (da União e dos Estados). O autor da pergunta foi o hoje ministro de Defesa, José Múcio Monteiro.
Na minha resposta, ponderei que o modelo atual precisa ser revisto. Disse que qualquer pesquisa de opinião pública desaprova o sistema de indicações pelos chefes dos Poderes Executivos. Esse caminho compromete a independência das Cortes e dificulta o combate aos desvirtuamentos de todas as ordens verificados na administração pública.
Curiosamente, quem levantou o debate foi o próprio presidente do TCU. O Ministro José Múcio compreendia, com claro espírito público, a relevância da discussão da matéria consideravelmente sensível.
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Registro, neste momento em que vários setores buscam a substituição do ministro, a minha torcida como cidadão para que permaneça no cargo. A experiência, tranquilidade e a enorme capacidade de diálogo e produção de convergências, presentes na marcante personalidade do ministro Múcio, são ingredientes indispensáveis para a construção de pontes saudáveis entre as Forças Armadas, como fundamentais instituições de Estado, e o novo governo eleito.
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