Na próxima sexta-feira (27), será celebrado internacionalmente o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, estabelecido no calendário da Organização das Nações Unidas. Coincidentemente, o dia cai na mesma semana em que se tornou pública a situação de calamidade pública de saúde que atinge a população Yanomami no Brasil, vítima da fome, doenças e contaminação por mercúrio. Para o Instituto Brasil-Israel, a situação dos yanomami se assemelha à dos judeus vítimas do genocídio perpretado pelo nazismo alemão.
“Ao ver crianças, adultos doentes, desnutridos, sem qualquer tipo de amparo, é difícil, para não dizer impossível, não lembrar dos judeus presos em campos de concentração na Alemanha nazista”, afirma em nota o instituto. Até o momento, se tem conhecimento da morte de 570 crianças falecidas no norte de Roraima em decorrência da contaminação por mercúrio, despejado nos rios tanto em decorrência da manipulação por garimpeiros quanto da destruição da floresta, que retém os reservatórios da substância no solo.
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O genocídio decorrente do descaso das últimas gestões com o povo Yanomami, na avaliação do Instituto, “nos mostra que parte da humanidade, inclusive de nosso país, ainda não conseguiu aprender o verdadeiro significado de ‘nunca mais’”, e reforça que o Holocausto deveria ser lembrado como um episódio a não ser repetido.
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