Presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial(ABDI), Ricardo Cappelli criticou nesta quarta-feira (30), por meio das redes sociais, a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de indeferir pedido da Petrobras para explorar petróleo na Foz da Bacia do Amazonas e solicitar mais informações à companhia.
O ex-interventor federal na segurança pública do Distrito Federal chamou o parecer do órgão de “manifesto político” e questionou o caráter técnico do documento.
“A Guiana cresceu 38% em 2023, foi o país que mais cresceu no mundo. Mas o Brasil não pode. Empresas dos EUA estão lá explorando petróleo, mas a Petrobras não pode. Parecer ‘técnico’ com 26 assinaturas é manifesto político. O Brasil não pode abrir mão de suas riquezas”, escreveu Cappelli.
Na terça-feira (29), o Ibama rejeitou pedido da Petrobras para explorar petróleo na Foz da Bacia do Amazonas. O órgão, por sua vez, solicitou mais informações da empresa e detalhamento de seus planos para a região. Segundo planejamento estratégico da Petrobras, a expectativa de investimento para perfuração de 16 poços na Margem Equatorial é de US$ 3,1 milhões. O poço da região da Foz está a 170 km de distância da costa do Amapá.
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A aprovação, porém, depende de análise do Ibama sobre os impactos socioeconômicos e na biodiversidade local. Em maio do ano passado, a Petrobras teve pedido negado pelo Ibama para explorar petróleo na região da bacia. A negativa se deu após o órgão entender que o período de 48 horas para reagir a eventual acidente era demasiadamente grande.
Procurada pela reportagem, a assessoria de comunicação do Ibama ainda não se manifestou sobre a crítica do presidente da ABDI. O espaço segue aberto.
Fundada em 2005, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial tem um contrato de gestão com a União, estabelecendo metas anuais de resultados. A agência foi criada para desenvolver e implementar ações que favoreçam o crescimento do setor produtivo nacional. Atuando como um elo entre o governo e as empresas, a ABDI se dedica a aprimorar políticas públicas e ações estratégicas que visam a aumentar a competitividade e a produtividade da economia brasileira.
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