Como antecipou ontem o Congresso em Foco, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, oficializou sua filiação ao Podemos em cerimônia na manhã desta quinta-feira (25). Apesar de filiado, o general e o partido não se manifestaram sobre uma possível candidatura dele a algum cargo político.
O evento, feito em um hotel de luxo em Brasília, contou com a presença do ex-juiz Sérgio Moro, que também filiou-se à sigla na semana passada. Também estiveram presentes a presidente do partido, Renata Abreu, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), e o líder da bancada na Câmara, Igor Timo (MG).
Santos Cruz ocupou o comando da Segov de janeiro a junho de 2019, quando foi exonerado por Bolsonaro. Desde então, manteve posição crítica ao governo e um dos principais questionadores do uso ideológico das Forças Armadas pelo chefe do Planalto.
No encontro também foi divulgado que o ex-procurador Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, assinará sua ficha de filiação ao Podemos no começo de dezembro. Deltan renunciou ao Ministério Público Federal para tentar a carreira política, em meio a polêmicas envolvendo sua atuação na megaoperação.
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Em seu discurso de filiação, Santos Cruz criticou indiretamente o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula. “Esse conflito de direita, esquerda, esse extremismo, ele leva à violência. O final natural do fanatismo é a violência”, disse o general. Ele lembrou sua atuação como coordenador da missão de paz no Haiti. Segundo ele, o momento atual da política brasileira lembra o vivido pelos haitianos. “Passei cinco anos trabalhando em um ambiente, assistindo milhares de mortos fruto do fanatismo político. Isso não pode, o Brasil tem de repudiar todo esse fanatismo”, afirmou. O ex-ministro estuda se candidatar ao Senado, ou pelo Rio de Janeiro, ou pelo Distrito Federal.
General Santos Cruz é demitido por Bolsonaro
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