Segundo um levantamento do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Giel/Unirio), foram registrados 338 casos de violência contra lideranças políticas ou familiares entre julho e setembro deste ano. Os números revelam um aumento de 115,3% em relação ao trimestre anterior.
“O 3° trimestre de 2024 foi o período com maior número de casos na série histórica dos boletins. Ao todo, desde 2019, o OVPE (Observatório da Violência Política e Eleitoral) já soma 2.673 episódios em todo o país”, diz o documento.
Os índices de violência também cresceram comparados as eleições anteriores. Em 2022, o grupo contabilizou 263 casos de violência no período de campanha eleitoral, já em 2020 houve 235 episódios. Neste ano, a maioria das vítimas foram lideranças políticas locais (267) que concorreram ao pleito municipal e 38 pré-candidatos. Os principais alvos são homens (71%), na faixa etária de 40 a 59 anos (52%).
Os dados do Giel mostram que a violência física foi a modalidade mais comum no período, com 179 episódios. Também aconteceram 88 tentativas de homicídio contra políticos, tanto em exercício quanto fora de mandatos, que resultaram em 33 óbitos, no período analisado.
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O estado de São Paulo lidera o ranking de violência política, com 58 casos. Seguido do Rio de janeiro, com 47 episódios. Bahia, Ceará e Paraíba empatam em terceiro lugar, com 23 casos cada. A violência atingiu 25 partidos com diferentes espectros ideológico. União Brasil ocupa o primeiro lugar com 41 episódios, seguido pelo PT (39), MDB (37) e PL (33).
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