O ex-governador de São Paulo João Doria anunciou, nesta quarta-feira (19), sua desfiliação do PSDB, após 22 anos de militância política. Doria publicou uma nota no seu perfil do Twitter e não informou se irá para uma nova sigla.
“Inspirado na social-democracia e em nomes como Franco Montoro, Mário Covas, José Serra e FHC [Fernando Henrique Cardoso], cumpri minha missão política partidária pautado na excelência da gestão pública e em uma sociedade mais justa e menos desigual”, afirmou o ex-governador.
Confira a publicação:
Encerro essa etapa de cabeça erguida. Orgulhoso pela contribuição que pude dar a São Paulo e ao Brasil, graças à generosidade e à confiança de todos aqueles que optaram pelo meu nome em três prévias e duas eleições.
— João Doria (@jdoriajr) October 19, 2022
Doria também destacou que “encerra essa etapa de cabeça erguida” e orgulhoso da contribuição que deu para São Paulo e ao Brasil, “graças à generosidade e à confiança de todos aqueles que optaram pelo meu nome em três prévias e duas eleições”.
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“Com minha missão cumprida, deixo meu agradecimento e o firme desejo de que o PSDB tenha um olhar atento ao seu grandioso passado em busca de inspiração para o futuro. E sempre em defesa da democracia, da liberdade e do progresso social do Brasil”, concluiu Doria.
O ex-governador foi escolhido como o presidenciável do partido nas prévias realizadas em novembro. Na ocasião, o governador paulista teve 53,99% dos votos, contra 44,66% do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e 1,35% do ex-senador Arthur Virgílio (AM).
No entanto, rachas internos do partido minaram a candidatura de Doria, com integrantes do partido mais favoráveis a Leite, como o deputado Aécio Neves (MG), que classificou a candidatura de Doria como “inviável”.
Em conjunto, a federação PSDB-Cidadania e o MDB decidiram escolher um nome para representar a chamada “terceira via”. Doria perdeu o posto de presidenciável para a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que acabou escolhida após pesquisas dos partidos indicarem um maior potencial de votos.
Doria ameaçou entrar na Justiça para se manter como pré-candidato à Presidência da República, mas não obteve apoio do próprio partido. O ex-governador anunciou sua desistência em maio e retomou suas atividades na iniciativa privada.
Sem um presidenciável, o PSDB encolheu e perdeu o comando de São Paulo, estado que governava desde 1994. A federação junto com o Cidadania terá somente 18 deputados federai e quatro senadores. O partido disputa o segundo turno em três estados: Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
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