O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu afastar da função Marcelo Bretas, o juiz responsável pelas ações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Na avaliação do CNJ, assim como o Supremo Tribunal Federal (STF) já tinha definido com relação ao ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no caso de Curitiba, Bretas teria cometido irregularidades no julgamento dos processos que conduziu no Rio.
Por unanimidade, o conselho resolveu de forma unânime instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Bretas. E, por 11 votos a 4, os integrantes definiram afastar Bretas das suas funções de juiz até o final do processo.
Os conselheiros analisaram três reclamações contra Bretas. Duas delas têm como origem delações premiadas de advogados que relataram terem feito negociações irregulares com o juiz antes das suas sentenças.
A terceira reclamação é do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Segundo Paes, Bretas teria atuado politicamente em favor de Wilson Witzel em 2018. Naquele ano, Witzel venceu as eleições para governador do Rio. Ele acabou sofrendo processo de impeachment em 2021, por irregularidades relacionadas a contratos para combater a pandemia de covid-19 no estado.
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A decisão afasta Marcelo Bretas da condução da 7ª Vara Federal Criminal, onde ainda tramitam alguns processos relacionados à Lava Jato. Bretas também foi o responsável pelos processos que condenaram o ex-governador do Rio Sergio Cabral a mais de 400 anos de prisão.
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