O diretório nacional do Cidadania aprovou neste sábado (19) a formação de uma federação com o PSDB para as eleições de 2022. Mesmo com o casamento confirmado, as duas legendas permanecerão com seus respectivos candidatos à presidência: pelo Cidadania, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE); e pelo PSDB o governador paulista João Doria.
A possibilidade de uma federação com PSDB sem que os partidos abrissem mão de suas candidaturas já vinha sendo cogitada na cúpula do Cidadania. Alessandro Vieira se absteve da discussão, mas considera que o ânimo da legenda pela manutenção de seu nome é mais forte do que pelo casamento com os tucanos. “A pré-candidatura foi mantida por unanimidade e a opção pela tentativa de federação com o PSDB atingiu o número mínimo de votos”, relatou.
Os dois partidos também não descartam a possibilidade de encaixar outras legendas na federação. O PSDB segue dialogando com o MDB e União Brasil, partidos que procuram moldar um “novo centrão” capaz de eclipsar a influência de Arthur Lira (PP-PR).
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Essa união, porém, ainda conta com sérios obstáculos: no caso do União Brasil, partido recém criado pela fusão entre DEM e PSL, resta ainda conseguir se estruturar internamente antes de cogitar a entrada em uma federação. Já no caso do MDB, seria necessário chegar a um acordo sobre como proceder com relação à candidatura de Simone Tebet (MDB-MT), que concorre à presidência contra João Doria e Alessandro Vieira.
A federação Cidadania-PSDB marca também a primeira derrota para o PDT na corrida pelas federações. O partido de Ciro Gomes era visto por grande parte do Cidadania como um potencial caminho para a legenda, mas a hipótese ficou em segundo lugar nos dois turnos da votação no diretório nacional, perdendo com uma diferença de nove votos.
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