Eduardo Militão
Os 111 milhões de brasileiros que foram às urnas no domingo passado (3) despejaram 667,8 milhões de votos em candidatos a deputados estaduais e federais, além de senadores, governadores e presidentes. Mas 15% dos votos foram em branco ou em nulo. Nada menos de 102,8 milhões. É que revela levantamento do Congresso em Foco, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os votos nulos e brancos não são considerados válidos. Ou seja, eles não entram na contagem dos 50% mais um que um candidato a presidente e governador precisa para vencer no primeiro turno. Na prática, quem vota em branco ou nulo, facilita a vida do primeiro colocado, mesmo que o objetivo seja protestar contra políticos.
A maioria dos nulos e brancos foi para o cargo de senador: 51,8 milhões de sufrágios. Depois, deputado federal, com 14,5 milhões. Em seguida, governador: 13,7 milhões. Deputados estaduais e distritais ficaram em quarto lugar, com 13,1 milhões. Em último, votos nulos e brancos para presidente somaram 9,6 milhões.
Se essa parcela da população parecia protestar, outra parte confiava na representação política dos partidos. Nada menos que 21,8 milhões de votos (ou 3% do total) foram dados na legenda – quando o eleitor escolhe apenas os dois primeiros números dos candidatos a deputado federal, estadual ou distrital. Nesse caso, os votos vão para a coligação e ajudam a eleger os políticos daquele grupo.
O voto na legenda foi responsável por 11,8 milhões de sufrágios para parlamentares estaduais e distritais.
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