Matéria atualizada no dia 7 de agosto às 15h39
Com a definição das candidaturas a governador em cada estado na sexta-feira (5), começa oficialmente a corrida eleitoral deste ano de 2022. E é inevitável que a concentração da disputa eleitoral entre os dois principais concorrentes, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o presidente Jair Bolsonaro, do PL, que disputa a reeleição, reflita-se também na corrida pelos comandos dos estados.
Definidas oficialmente as candidaturas, com base nas pesquisas mais recentes, o Congresso em Foco mostra quem, dos candidatos à Presidência, tem em cada estado o palanque mais forte, com o apoio do favorito para se eleger ao cargo de governador. Na maior parte dos estados, foi usada como referência a pesquisa encomendada pela TV Record ao Real Time Big Data. Esta pesquisa foi realizada em praticamente todas as unidades da federação. A posição leva em conta o nome do candidato que lidera a corrida para o governo neste momento. Essa situação, é claro, pode mudar daqui até outubro.
O levantamento mostra que Lula, que lidera neste momento as pesquisas de intenção de voto, tem o palanque mais forte de governador em oitos estados. Ou sete. E Bolsonaro tem o apoio do candidato favorito ao governo estadual em dez estados.
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Nacionalmente, Lula terá o apoio dos seguintes partidos, além do PT: PSB, Solidariedade, Psol, Rede, Avante, PCdoB, Agir e PV. Bolsonaro terá, além do PL, o PP e o Republicanos.
Lula tem o apoio da governadora Fátima Bezerra (PT), que lidera a corrida no Rio Grande do Norte. Do governador João Azevedo (PSB), favorito para a reeleição na Paraíba. Da deputada Marília Arraes (Solidariedade), líder em Pernambuco. Do governador Paulo Dantas (MDB), em Alagoas.
Lula tem ainda o apoio do governador Renato Casagrande (PSB), no Espírito Santo. E seu principal trunfo, Fernando Haddad (PT), favorito no maior colégio eleitoral do país, São Paulo. Pode ter também o palanque de Helder Barbalho (MDB) no Pará, embora ali o governador divida-se entre o apoio a Lula e a adesão à candidata do seu partido à Presidência, Simone Tebet.
No Espírito Santo, até esta semana o governador Renato Casagrande resistia a apoiar Lula, e chegou a declarar apoio a Ciro Gomes, do PDT. Mas agora Casagrande já manifestou a adesão ao nome do PT, que é nacionalmente apoiado pelo PSB, partido de seu vice, Geraldo Alckmin, pelo PCdoB, Psol, PV e Rede.
Em Sergipe, o palanque oficial de Lula é o do senador Rogério Carvalho, do PT, candidato a governador. Mas o deputado Fábio Mitidieri, que disputa o governo pelo PSD, também declara apoio a Lula. Pesquisa do Instituto França, divulgada no dia 5 de agosto, aponta Mitidieri como o líder no momento, com 16,69% das intenções de voto.
Bolsonaro tem palanques favoritos em um número maior, mas em estados, na maioria, com menor eleitorado. Ele conta com o apoio do governador Gladson Cameli (PP) no Acre. De Jaime Nunes (PSD), no Amapá. De Rolando Dimas (PL), no Tocantins. De Capitão Wagner (União Brasil), no Ceará. De Mauro Mendes (União Brasil), no Mato Grosso. Do governador Ibaneis Rocha (MDB), no Distrito Federal. No Paraná, com Ratinho Junior (PSD). Em Santa Catarina, com Carlos Moisés (Republicanos). Seu principal apoio, em termos de tamanho de colégio eleitoral, é no Rio de Janeiro, com o governador Cláudio Castro (PL). No Amazonas, ele tem o apoio de Wilson Lima (União Brasil), que está empatado com Amazonino Mendes (Cidadania).
No caso de Santa Catarina, após a publicação desta matéria, uma fonte do estado comentou que Bolsonaro poderá não ter exatamente um palanque tão forte na tentativa de reeleição de Carlos Moisés. Embora nacionalmente o Republicanos esteja fechado com o presidente, segundo essa fonte, Moisés não estaria disposto a apoiá-lo.
Neutros
Amazonino é um dos nomes que tem se declarado neutro quanto ao apoio aos presidenciáveis. Há outros casos, que podem diminuir caso de fato se consolide a candidatura da senadora Soraya Thronicke (MS) à Presidência pelo União Brasil. Em caso contrário, favoritos ligados ao União têm se declarado neutros: Sílvio Mendes (Piauí); ACM Neto (Bahia) e Ronaldo Caiado (Goiás). Marquinhos Trad, do PSD, que lidera a corrida no Mato Grosso do Sul, também é considerado neutro.
Outra possibilidade de neutralidade está no líder no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Inicialmente, ele havia declarado apoio a Simone Tebet, a candidata do MDB que é apoiada também pelo PSDB, partido de Leite, pelo Cidadania e o Podemos. Mas, no mês passado, em razão de questões políticas regionais, Eduardo Leite declarara apoio a Luciano Bivar, que não será mais candidato pelo União Brasil. Com a troca por Soraya Thronicke, ele não se manifestou ainda. A direção do MDB computa o Rio Grande do Sul como um dos palanques de Simone Tebet, mas a situação é incerta.
Além da incerteza no Rio Grande do Sul, Simone tem o apoio de Teresa Surita (MDB) no Acre. Pode ter Helder Barbalho (MDB) no Pará.
Ciro Gomes (PDT) tem palanque favorito com Weverton Rocha, no Maranhão.
E Felipe D’Ávila (Novo) pode contar com o favoritismo do governador Romeu Zema, candidato à reeleição.
Em Rondônia, não foi encontrada pesquisa recente. O levantamento feito pela TV Record/Real Time Big Data no estado sofreu contestação judicial.
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