Filmado pelas câmeras do Palácio do Planalto depredando um relógio histórico durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro, Antônio Cláudio Alves Ferreira foi preso nessa segunda-feira (23) em Uberlândia (MG). Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), o bolsonarista optou por ficar em silêncio e foi enviado para o Presídio de Uberlândia I, conhecido como Colônia Penal Professor Jacy de Assis.
Antônio tem 30 anos e é da cidade de Catalão (GO). O homem estava foragido desde os dias dos ataques às sedes dos três poderes. A primeira pista sobre o golpista foi apontada por um vizinho dele em Catalão, de acordo com o site Goiás24h. A mesma pessoa relatou que o suspeito recebia R$ 150 por dia para atuar no QG bolsonarista no município. Em vídeo publicado um dia após a eleição, ele aparece no bloqueio de uma rodovia, ajoelhado, no meio do asfalto, sob chuva, tentando impedir a passagem de caminhões.
Vestido com uma camiseta preta estampada com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Antônio quebrou e jogou no chão o relógio Balthazar Martinot, um relógio do século 17 que chegou ao Brasil pelo imperador Dom João VI em 1808. Ele retirou os ponteiros e uma estátua de Netuno, que era fixada à obra de arte.
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O bolsonarista também é pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
Segundo a PF, um mandado de busca e apreensão na casa de Antônio foi cumprido nesta terça-feira (24). A corporação informou que foram apreendidos um celular, um veículos e uma caderneta contendo anotações.
A prisão preventiva foi solicitada pela PF e autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lesa Pátria, que investiga as pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas do dia 8.
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