O presidente nacional do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), descartou a possibilidade de o partido abrir mão do comando do Ministério do Turismo. A deputada licenciada e atual ministra do Turismo, Daniela Carneiro, e outros cinco deputados do União Brasil pelo Rio de Janeiro pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar a sigla no último dia 6. O marido da ministra, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, era presidente estadual da sigla e já se filiou nessa terça ao Republicanos, cujo diretório estadual comandará.
A legenda encara uma rebelião interna que pode acarretar no esvaziamento da sigla, quarta maior bancada da Câmara com 59 deputados. O movimento ocorre, principalmente, no Rio de Janeiro, mas também existem conflitos no Amazonas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O Congresso em Foco procurou Bivar para comentar o assunto, mas ele não retornou o contato.
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O presidente do União Brasil afirmou ao jornal O Globo que não foi comunicado judicialmente sobre os pedidos de desfiliações. “Ainda não recebi qualquer notificação judicial sobre essas saídas, apenas uma carta de insatisfação. Mas ninguém tem livre trânsito partidário por simples desagrado com qualquer tema. Sobre a Daniela, é importante lembrar que a indicação dela no ministério é do União”, destacou o deputado.
Acompanharam a movimentação de Daniela os deputados Chiquinho Brazão, Dani Cunha, Juninho do Pneu, Marcos Soares e Ricardo Abrão. O único que não pediu para sair da legenda até o momento foi o deputado Murillo Gouvea. Paralelamente, os parlamentares acusam a direção nacional do partido de praticar “assédio” e prejudicar a alocação dos recursos para o fundo partidário estadual.
O descontentamento da bancada com o União Brasil começou após o vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, articular para retirar o prefeito de Belford Roxo da direção estadual do União. Em uma publicação nas redes sociais, Waguinho afirmou acreditar que “o Republicanos é um partido que está comprometido com a busca por um estado mais justo e igualitário para todos. Minha meta é continuar lutando por políticas públicas que melhorem a vida das pessoas, especialmente aquelas que mais precisam de apoio e oportunidades”.
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Por ser prefeito, Waguinho não corre o risco de perder o mandato por infidelidade partidária, ao contrário dos parlamentares do Legislativo federal. “Waguinho não é deputado, ele vai para onde quiser. Mas quem tem mandato precisa cumprir a lei”, afirmou Bivar.
Além do Turismo, o partido comanda outros dois ministérios do governo do presidente Lula (PT): Comunicações (Juscelino Filho) e Integração Nacional e Desenvolvimento Social (Waldez Góes). No entanto, o espaço do governo não se converteu em resultados para o governo, uma vez que o partido resiste em se comprometer a integrar a base.
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