Levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas prestações de contas dos candidatos identificou quase 64 mil beneficiários do auxílio emergencial entre os doadores de campanhas do primeiro turno das eleições municipais. O benefício é pago a pessoas de baixa renda durante a pandemia. Esses beneficiários fizeram repasses que somam mais de R$ 54,5 milhões, segundo detalhamento obtido pela TV Globo.
De acordo com a área técnica do TSE, o pagamento do auxílio emergencial teve impacto significativo no montante total de doações e pagamentos com suspeitas de anormalidades. Ao todo, a Justiça Eleitoral encontrou indícios de irregularidades que ultrapassam R$ 588 milhões.
A análise identificou ainda 31.725 empresas fornecedoras de campanha cujo quadro societário inclui beneficiários do programa Bolsa Família ou do auxílio emergencial. Essas empresas foram contratadas para prestar serviços às campanhas e, juntas, receberam um total de R$ 386 milhões.
A partir desse relatório, juízes eleitorais podem fazer novas investigações e usar o material para julgar as contas dos candidatos. O Ministério Público Eleitoral (MPE) também irá apurar os casos.
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Candidatos
No início do mês, um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou 10,7 mil candidatos que declararam patrimônio igual ou superior a R$ 300 mil e que receberam o auxílio emergencial.
O TCU também identificou 1,3 mil candidatos com patrimônio declarado superior a R$ 1 milhão que receberam o benefício.
Publicidade> Dez mil candidatos com patrimônio acima de R$ 300 mil receberam auxílio emergencial. Veja lista
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