Em uma das disputa mais acirradas da história da capital mineira, Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) vão ao segundo turno em Belo Horizonte. Ambos superaram Mauro Tramonte (Republicanos) que ficou na terceira colocação. Nas últimas semanas, as pesquisas indicavam um empate triplo entre eles, tornando o cenário na corrida eleitoral totalmente imprevisível na principal cidade de Minas Gerais.
A disputa em Belo Horizonte foi acirrada, com a direita ficando nas primeiras colocações. E a esquerda, também fragmentada, saindo derrotada. Tramonte liderou as pesquisas durante boa parte do período eleitoral. O atual prefeito Fuad Noman reagiu na reta final, assim como Bruno Engler.
Veja a classificação final do primeiro turno:
- Bruno Engler (PL): 34,38%
- Fuad Noman (PSD): 26,47%
- Mauro Tramonte (Republicanos): 15,22%
- Gabriel (MDB): 10,59%
- Duda Salabert (PDT): 7,68%
- Rogério Correia (PT): 4,40%
- Carlos Viana (Podemos): 1,00%
- Indira Xavier (UP): 0,19%
- Wanderson Rocha (PSTU): 0,05%
- Lourdes Francisco (PCO): 0,02%
- Brancos: 4,71%
- Nulos: 4,98%
Fuad Noman tem 77 anos. Natural de Belo Horizonte, é prefeito da capital mineira desde 2022, quando o então titular, Alexandre Kalil, renunciou para concorrer sem sucesso ao governo estadual. Descendente de sírios, Noman já ocupou cargos significativos, como secretário-executivo da Casa Civil durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e secretário estadual de Fazenda em Minas Gerais. O candidato a vice na chapa dele é o vereador de Belo Horizonte e radialista Alvaro Damião (União). Fuad tem apoio declarado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro de Minas e Energia e ex-senador mineiro Alexandre Silveira, que também é do seu partido.
Bruno Engler tem apenas 27 anos. Natural de Curitiba, morou em São Paulo antes de se mudar, ainda criança, para Minas Gerais. Candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro, o jovem entrou para a política no embalo da extrema-direita. Coordenador do Movimento Direita Minas, elegeu-se deputado estadual pela primeira vez em 2018. Durante a pandemia, reforçou seus laços com Bolsonaro, criticando a política de distanciamento social e defendendo o uso da cloroquina, medicamento sem qualquer eficácia contra a covid-19. Em 2020 ele ficou em segundo lugar na corrida municipal, perdendo para Alexandre Kalil.
Dividida entre dois candidatos, a esquerda teve desempenho fraco na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte, com os deputados Duda Salabert (PDT-MG) e Rogério Correia (PT-MG).
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