O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, está confiante que Lula sairá vencedor da disputa de hoje contra Bolsonaro.
Responsável pela comunicação do candidato petista, junto com o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), ele acredita que o ex-presidente aumentará a vantagem que teve no primeiro turno em relação ao seu adversário.
Segundo ele, “a democracia vai vencer”. Veja a seguir, nas palavras do próprio Edinho, os cálculos que o levaram a chegar a tal conclusão:
“Racionalmente, acredito na vitória; explico:
Vamos diminuir a diferença em São Paulo, eles não vão abrir a anunciada diferença em Minas Gerais. Podem avançar no Rio de Janeiro, mas nada relevante que desequilibre o Sudeste.
Lula irá diminuir a diferença no Rio Grande do Sul. Vai obter avanços no Norte, com boas perspectivas no Pará e no Amazonas, e deve ampliar no Nordeste todo. Não há espaço para Bolsonaro tirar uma diferença de 6 milhões de votos.
Penso que ampliaremos a vantagem, mesmo considerando o aumento da polarização neste segundo turno. Eles têm 6% de “votos moles”, votos voláteis; nós temos 7%. Todo o diálogo proposto no debate da Rede Globo foi construído para consolidarmos os nossos eleitores. O presidente Lula reforçou em especial os temas importantes para esses 7% do nosso eleitorado volátil, para que eles não se movessem. Dialogamos com eles de forma especial, uma estratégia correta conduzida por Lula (ninguém no Brasil, nenhuma outra liderança tem a sensibilidade para sentir o povo como ele).
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A última semana foi marcada por fatos negativos para Bolsonaro, inclusive o debate da Rede Globo, quando ele só falou para a bolha bolsonarista, para os mais radicais. Se tiver movimentação do voto volátil nesta reta final, não será no nosso campo, será no eleitorado de Bolsonaro. Se tiver, a conferir.
O percentual de 5% de brancos e nulos historicamente não se move para um único lado. Tradicionalmente, a parcela desse eleitorado quando e se opta por votar, se divide entre as candidaturas. Mas geralmente a maior parte desse eleitorado repete o branco e nulo.
As abstenções não têm força nem densidade para interferir no resultado consolidado. O feriadão, do Dia do Servidor Público até Finados, pode aumentar a abstenção nos setores médios, o que também favorece Lula.
Em síntese: toda análise racional aponta para a vitória de Lula. Não há espaço para que Bolsonaro tire 6 milhões de votos de diferença. Essa vantagem deve aumentar. Devemos vencer, com uma “apuração apertada”, como foi toda a eleição. Esse é o desespero bolsonarista, materializado nessa operação da PRF. A democracia vai vencer.”
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