Apontando como uma das novas apostas do bolsonarismo na Paraíba, o filho do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desistiu da candidatura a deputado federal pelo Partido Liberal (PL) nas eleições deste ano. O estudante de medicina Antônio Cristovão Neto, conhecido como Queiroguinha, está sendo acusado de usar a estrutura do ministério chefiado pelo pai para se promover no estado.
Em um evento realizado em 19 abril deste ano, na cidade de Sumé, interior da Paraíba, Queiroguinha anunciou um repasse de R$ 12 milhões do ministério para municípios da região do Cariri, no Sul da Paraíba. Queiroguinha teria participado de pelo menos 5 cerimônias como representante da pasta no estado este ano.
“Nós, enquanto representantes do governo federal, precisamos ter um olhar voltado com muita sensibilidade para essa região, que tem um grande potencial na área social, na área educacional e nos recursos hídricos”, disse o estudante na ocasião. Após a solenidade, ele deu entrevistas a rádios e veículos de imprensa na Paraíba como representante do governo federal.
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Uma semana depois, pelo menos três prefeitos que estavam no evento em Sumé foram recebidos por Marcelo Queiroga em Brasília em reuniões que não constavam na agenda oficial do ministro, como revelou o jornal O Globo.
O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) chegou a protocolar um pedido de informações no Ministério da Saúde. Já o deputado federal Bira do Pindaré (PSB-SP), líder do PSB, entrou com um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para a abertura de processo para investigar o ministro e seu e o filho por suspeita de improbidade administrativa e infração à legislação eleitoral.
No registro da candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Queiroguinha, que é estudante e tem apenas 23 anos, declarou um patrimônio de R$ 300 mil. O valor seria de uma casa de propriedade do estudante e agora ex-candidato.
Confira o pedido de desistência da candidatura:
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