A Campanha Despejo Zero, apoiada pela Cúpula dos povos e mais 175 outras organizações da sociedade, lançou nesta semana o Mapeamento Nacional de Conflitos pela Terra e Moradia, uma plataforma colaborativa que permite o mapeamento permanente dos conflitos. Os números apontados, porém, são bastante pessimistas.
O último levantamento já foi desanimador. Entre março de 2020 a setembro de 2022, o grupo familiar ameaçado de despejo aumentou 901%. São quase 190 mil famílias nessa condição. Com relação a despejos de fato, o aumento foi de 453%. Em março de 2020, havia 6.373 famílias despejadas, em setembro de 2022 subiu para mais de 35 mil.
Segundo um dos coordenadores da campanha, Marcelo Braga Edmundo, o quadro se agravou depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF0, Luiz Roberto Barroso, decidiu, em novembro de 2022, não prorrogar a ADPF 828, instrumento de Lei que proibia despejos durante a pandemia. “Embora a pandemia tenha arrefecido, a situação das famílias ainda é muito grave e isso se reflete no aumento do número de pessoas vivendo nas ruas por todas as Cidades”, argumenta. (por Rudolfo Lago)
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