Articulador da filiação de Geraldo Alckmin ao PSB, que ocorre nesta quarta (23), em Brasília, o ex-governador de São Paulo Marcio França defendeu a aliança do partido com o PT para a construção de uma chapa presidencial. De acordo com ele, a relação entre Alckmin e o ex-presidente Lula vem se estreitando e fortalecendo cada vez mais.
“Nada como a experiência deles dois. Agora que se conheceram, acabaram adorando o jeito de cada um. Porque não se conheciam muito. Agora estão se conhecendo melhor e sentindo confiança e é bom que o Brasil tenha isso. Cada passo importante do país foi feito com consenso e os consensos são importantes. Nós vamos esticar a corda até a hora do consenso sair”, disse. A entrevista foi dada no início da manhã desta quarta à Globonews.
França também destacou o pragmatismo da aliança e a necessidade de ampliação dos palanques estaduais com nomes preferencialmente não petistas em estados fora do Nordeste.
“Na minha visão, o presidente Lula tem que ver o que amplia mais. Se eu tenho um candidato a presidente da República, eu vou priorizar o presidente da República e ampliar as alianças estaduais. Aliás, a escolha de Alckmin foi muito nesse sentido. Se fosse para apenas para escolher alguém com mais afinidade política certamente teriam outras pessoas como a Gleisi [Hoffmann] e outros petistas raiz. Mas ele escolheu porque ele é pragmático e está contando os números”.
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São Paulo
Márcio França é presidente estadual do PSB em São Paulo e pré-candidato ao governo do estado. Durante a entrevista, ele comemorou a decisão de Guilherme Boulos de desistir da disputada ao cargo, algo que classificou como “um ato de maturidade”. “Particularmente me favoreceu. Parte do argumento que o PT usava para dizer que não poderia tirar o Haddad porque senão o voto vai para o Boulos… Agora já não tem mais Boulos.”
PublicidadeEle pontuou a preferência de Lula “da Bahia pra cima” e uma preferência de candidatos bolsonaristas “da Bahia pra baixo” e mencionou o surgimento de Tarcísio de Freitas em São Paulo como fator a ser observado para uma recuada na candidatura de Fernando Haddad. “É preciso buscar palanques que ampliem e possibilitem a vitória da chapa Lula Alckmin nesses lugares onde a influência de Lula não é tão grande”.
Além de São Paulo, Márcio França também citou os estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Rio de Janeiro, onde o PSB tenta emplacar a cabeça de chapa.
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