A pedido do PSB, a executiva nacional do PT decidiu prorrogar para a sexta-feira (29) a decisão final sobre suas alianças para as eleições no Rio de Janeiro. No âmbito estadual, os dois partidos se encontram em conflito para decidir a candidatura ao Senado, decisão que pode afetar o destino da campanha de Marcelo Freixo (PSB-RJ) ao governo.
Apesar dos esforços do PT em garantir o lançamento da campanha do deputado estadual André Ceciliano ao Senado, o diretório do PSB oficializou no último dia 20 o lançamento da candidatura de Alessandro Molon (PSB-RJ) ao mesmo cargo. Ceciliano, em resposta, anunciou que deixaria de apoiar Marcelo Freixo caso o partido socialista insistisse na corrida ao Senado.
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De acordo com o jornal O Globo, Carlos Siqueira, presidente do PSB, se dirigiu ao Rio de Janeiro por pressão de Lula, que exige uma solução para o conflito. Siqueira possui agenda marcada com Molon, onde deverá tratar de uma solução na corrida ao Senado. As principais alternativas são abrir mão da candidatura ou lançar uma chapa com dois candidatos ao Senado. O jornal ainda afirma que Siqueira foi quem pediu o prazo de sexta-feira para o PT fechar a coligação.
No diretório estadual do PT, há ainda uma terceira alternativa explorada, que é a de romper totalmente com o PSB e lançar André Ceciliano como senador em chapa com o candidato do PDT, Rodrigo Neves. Com isso, Freixo e Molon competiriam por conta própria no Rio de Janeiro. Washington Quaquá, vice-presidente do PT e membro do diretório no Rio, defendeu essa opção em entrevista ao portal Poder 360. Lula, porém, defende uma chapa formada por Freixo, mantendo Ceciliano para o Senado.
Molon e Ceciliano contam com vantagens opostas na corrida ao Senado. De um lado, Ceciliano é presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), contando com amplo apoio de prefeitos e de diversos partidos com força política no RJ. Sua popularidade, porém, é baixa, contabilizando apenas 5% das intenções de votos na última pesquisa da Real Time Big Data. Molon, por outro lado, goza de popularidade, atingindo 17% das intenções de voto e ocupando o primeiro lugar. Sua campanha, porém, conta somente com apoio de partidos minoritários: a Rede, o Psol e o Cidadania, além do próprio PSB.
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