O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), concedeu entrevista na noite desta segunda-feira (23) e durante 40 minutos foi sabatinado pelos apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos. Ataques ao sistema eleitoral e contra ministros do Supremo, defesa de um tratamento precoce em detrimento da compra de vacinas para conter o avanço de mortes pela covid-19, inflação e aumento do desmatamento na Amazônia foram alguns dos assuntos levantados na conversa.
Assista em quatro minutos os principais momentos da entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional:
Bolsonaro abriu a série de entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis. A ida dele ao programa foi motivo de estresse entre a equipe da campanha bolsonarista e a Rede Globo, pois a equipe de campanha queria que a gravação ocorresse no Palácio do Planalto.
O segundo entrevistado da série será Ciro Gomes (PDT), na terça-feira (23). O candidato Lula (PT) fala na quinta (25) e Simone Tebet (MDB) na sexta-feira (26). As entrevistas iniciam sempre às 20h30.
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Durante a entrevista, o presidente Jair Bolsonaro foi confrontado pelos entrevistadores em relação a dois temas sensíveis ao seu governo: os ataques contra ministros do Supremo Tribunal Federal e contra a lisura do processo eleitoral brasileiro e as falas em tom jocoso sobre vacinas e pessoas mortas por asfixia durante a pandemia. Bolsonaro negou tais posturas e pediu para que os apresentadores provassem. O Congresso em Foco resgatou esses momentos.
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Nas redes
Durante a entrevista desta segunda, os termos Jornal Nacional e Bolsonaro estiveram entre os mais comentados da rede social Twitter. Dentre os fatos que chamaram atenção dos internautas esteve a anotação que o presidente tinha feito na mão e que fez questão de deixar à mostra. Os temas escritos eram Nicarágua, Argentina, Colômbia e Dário Messer.
Alguns desses assuntos haviam sido abordados na live feita por Bolsonaro na semana anterior.
Os três países registrados são regimes de esquerda e têm a simpatia de alas do PT.
No caso da Nicarágua, o presidente Bolsonaro tem falado da perseguição de católicos pela ditadura de Daniel Ortega. Em relação à Colômbia, as menções seriam ao governo de um ex-guerrilheiro que, dentre outras ações, mandou generais para a reserva após eleito. Já no caso da Argentina, Bolsonaro tem levantado críticas à economia do país vizinho.
Dario Messer, por outro lado, entrou na lista como uma tentativa de provocação à Globo. Em 2020 o doleiro afirmou ao Ministério Público Federal que entregava dólares à familiares de Roberto Marinho. Não foram apresentadas, entretanto, provas da acusação.
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