Em entrevista concedida à CNN, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi questionado a respeito da política de deportação de imigrantes latinoamericanos adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em especial diante da possibilidade de impacto sobre a comunidade local de cerca de 230 mil brasileiros sem documentação. O antigo mandatário endossou a iniciativa, e disse que faria o mesmo se estivesse no lugar.
A política de enfrentamento à imigração foi um dos pilares não apenas da campanha eleitoral de Donald Trump, mas também de seu discurso de posse. Em menos de uma semana no poder, o republicano militarizou a fronteira com o México e determinou o fim do direito à cidadania por nascimento em solo americano. Seu diretor de imigração e alfândega, Tom Homan, anunciou que enviaria agentes às cidades-santuário para intensificar as deportações.
Bolsonaro deu razão a Trump. “Ele está fazendo a coisa certa. Foi compromisso de campanha, ele já começou quando estava lá. (…) Acho que ele está fazendo o que prometeu, e no lugar dele eu faria a mesma coisa”, declarou.
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No entendimento do ex-presidente, a questão da imigração se assemelha a uma invasão de terras. “É a regra do jogo, é a casa dele, ele faz as regras. É a mesma coisa que ‘o que você acha do MST que invadiu uma fazenda, vai permanecer lá dentro ou não. Eles estão atrás de oportunidade, não tinham onde plantar’. E o dono da fazenda, como fica? Então tem que ser dessa maneira”.
Além de defender o pacote de medidas anti-imigração de Trump, Bolsonaro relembrou que também adotou medidas para impedir a entrada ilegal de estrangeiros em seu governo, autorizando apenas a entrada de 200 cristãos afegãos à pedido de pastores evangélicos após a retirada da força-tarefa americana no país asiático.
Bolsonaro é um entusiasta de longa data de Donald Trump, e tentou comparecer em sua posse no atual mandato, afirmando ter sido convidado. Desde fevereiro de 2024, porém, seu passaporte está retido, impedindo sua entrada em solo americano.
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