A variante ômicron da covid-19 é letal é “não deve ser classificada como branda”, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS). O diretor da OMS, Thedros Adhanom, advertiu que, apesar de ser uma variante com menor potencial para quadros graves, a ômicron apresentou níveis altos de contaminação e já deixou mortos pelo mundo.
” Embora a ômicron pareça ser menos grave em comparação com a delta, especialmente entre os vacinados, isso não significa que ela deva ser classificada como branda”, disse. Thedros aponta ainda para a superlotação das redes de saúde de vários países em função da nova variante. ” O tsunami de casos é tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemas de saúde em todo o mundo”, destacou.
A entidade ainda destacou o papel das vacinas para controle da capacidade hospitalar. A OMS pede melhora no esquema de distribuição das vacinas, para que ocorra maior cobertura vacinal. Ontem, o Brasil registrou a primeira morte pela variante ômicron, em Aparecida de Goiânia (GO).
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O paciente brasileiro era um homem de 68 anos, com problemas pulmonares e hipertensão arterial. Ele contava com esquema vacinal completo, e mais a dose de reforço. No Brasil, acredita-se que a maior parte da atual alta de contaminados pela covid-19 seja causada pela variante, identificada pela primeira vez na África do Sul em novembro. Um apagão de dados no Ministério da Saúde, causado por um ataque hacker, ainda torna o levantamento de dados oficiais pouco confiável.
O Brasil, no entanto, mantém um nível elevado de vacinação, com quase 78% da população com apenas uma dose, e 67,5% com duas doses – ao menos 13% estão com a dose de reforço. Mesmo com importante papel para gestão do cenário epidemiológico, a OMS mapeia que 190 países não possibilitarão o cumprimento da meta de que o mundo esteja 70% vacinado até junho deste ano.
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