A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou a confirmação de ataques russos contra médicos em serviço na guerra da Ucrânia. Segundo o diretor, Tedros Adhanom, os ataques deixaram um saldo de seis profissionais mortos, e outros 11 feridos. “Profissionais de saúde, hospitais e ambulâncias não devem jamais servir de alvos”, alertou a organização.
Em seu perfil do Twitter, o Adhanom alertou que “ataques contra instalações médicas ou seus trabalhadores violam a neutralidade médica, e configuram violações da lei humanitária”. O diretor reafirmou a necessidade de pacificação da região, e reafirmou o pedido para que a Rússia interrompa os ataques, “o que inclui permitir acesso a assistência humanitária aos que necessitam”.
A brutalidade do conflito foi inclusive pauta do último discurso do papa Francisco II em sua missa no Vaticano. “Na Ucrânia, correm rios de sangue e de lágrimas”, declarou. O líder religioso também apontou para a importância do trabalho de médicos e voluntários que trabalham ajudando as vítimas do conflito. “Naquele país martirizado, cresce a cada hora a necessidade de assistência humanitária”, afirmou.
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Francisco II também fez referência ao discurso adotado pelo governo russo, de não se referir ao conflito como uma guerra mas como uma “operação especial”. “Não se trata somente de uma operação militar, mas de guerra: que semeia morte, destruição e miséria”, alertou. “As vítimas são cada vez mais numerosas, assim como as pessoas fugindo”, relatou.
Assim como o diretor da OMS, o papa também apela para a interrupção do conflito, em especial nos locais onde a Rússia se comprometeu a abrir corredores humanitários para civis. “Que seja garantido e facilitado o acesso de ajuda às zonas sitiadas para levar socorro aos nossos irmãos e irmãs oprimidos pelas bombas e pelo medo”, disse.
Até a manhã do domingo (6) foram notificadas pela Organização das Nações Unidas cerca de 350 mortes de civis, e outros 700 feridos desde o início do conflito, que chega ao seu 12º dia. Mais de 1,3 milhões de ucranianos saíram do país em decorrência da guerra, procurando refúgio principalmente na Romênia e na Polônia, países vizinhos ao oeste.
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