O Amazonas chora. No dia 25 de abril já tínhamos 320 mortos e 3.928 infectados pela covid-19. As cenas de enterros coletivos, mortos nos hospitais, pessoas desesperadas em frente às unidades de saúde, profissionais de saúde expostos às dificuldades de atendimento e também ao risco de contágio, chocam. Um drama que vivemos e que têm sensibilizado todo o Brasil.
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Mas também há o choro da esperança. A imagem do repórter Paulo Paixão, da Rede Amazônica, incapaz de conter o choro ao final de uma matéria sobre uma paciente curada, alenta nosso coração.
Nosso sistema de saúde já estava estressado, mesmo antes do covid-19, e o pouco caso com a indicação de isolamento social gerou um colapso muito rápido e uma quantidade de ocorrências da doença muito superior à capacidade de atendimento da rede de saúde. A falta de EPIs para médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde levou muitos deles à contaminação e os afastou do trabalho, agravando a situação.
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Ao governador e ao prefeito, é preciso todo esforço e dedicação absoluta ao enfrentamento dessa crise, mas é preciso também humildade pra reconhecer de forma transparente os erros e, acima de tudo, o fato de que tudo que for feito será pouco diante de uma crise que provoca tanto sofrimento na nossa gente.
Não é hora para inaugurações, comemorações ou propagandas. É hora de trabalho intenso e discreto. É hora de apoio incondicional aos profissionais de saúde que, nesse momento, são mais importantes que qualquer autoridade.
Aos demais agentes políticos, não é hora de politicagens e nem disputas. É hora de solidariedade, atitude colaborativa. É hora de estender as mãos ao Amazonas com o único objetivos de ajudar.
Eu escolhi o caminho de afastar a política e pensar apenas na vida. De dedicar o melhor de mim para aprovar leis e viabilizar recursos que ajudem o Amazonas.
Nesse tempo de dor, só o que nos conforta é saber que uma hora isso tudo vai passar.