O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse nesta sexta-feira (10) para seu terceiro mandato consecutivo. A cerimônia, que acontece na Assembleia Nacional, na capital Caracas, vem acompanhada de um novo capítulo no isolamento diplomático de seu governo, que não conta mais com o apoio de seu principal aliado histórico na América do Sul, o presidente Lula.
O novo mandato de Maduro foi antecipado por um resultado eleitoral amplamente questionado pela comunidade internacional diante da falta de transparência na apresentação das atas das sessões eleitorais, bem como relatos de perseguição a opositores e intimidação de eleitores em regiões onde seu partido não possui maioria. O Brasil foi um dos países que tentaram assegurar o trâmite democrático do pleito, mas se afastou após a série de medidas adotadas pelo líder venezuelano para assegurar que as atas não fossem disponibilizadas ao público.
O presidente Lula não participou da posse, enviando em seu lugar a embaixadora Gilvania de Oliveira. A posse foi antecipada por protestos de opositores em Caracas, bem como pela detenção temporária da líder da oposição, María Corina Machado, que participou das manifestações.
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Em seu discurso de posse, Nicolás Maduro prometeu “cumprir todas as obrigações constitucionais para respeitar a república”, e que seu mandato “será um período de paz, prosperidade e igualdade” para a Venezuela.