Ministros da Defesa de 21 países assinaram, nesta quinta-feira (28), uma carta para firmar o compromisso de manter a paz e a democracia nos países da América. O documento é fruto da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, realizada em Brasília (DF) desde a última terça-feira (26).
Os países signatários se comprometem em respeitar a Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Carta Democrática Interamericana, juntamente com “seus valores, princípios e mecanismos”.
“O compromisso dos nossos países com a democracia e a liberdade é um parâmetro que deve nortear nossas ações. Foram definidas nessa conferência as atividades a serem conduzidas na próxima edição. Já temos metas. Brasil sediará em 2023 o exercício de ciberdefesa dos estados membros da CMDA”, disse o ministro da Defesa brasileiro, Paulo Sérgio Nogueira.
Confira a íntegra da carta:
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Entre os principais pontos da carta está a condenação a invasão russa na Ucrânia. No entanto, o posicionamento sobre a guerra no país europeu não foi unânime entre os países. “Os conflitos em todo o mundo, como a invasão da Ucrânia e os atos de violência exercidos por grupos armados que aterrorizam a população no Haiti, não são os meios legítimos para resolver as disputas, de modo que os Estados-Membros da CDMA, esperam uma solução tão pronto seja possível”, diz trecho da carta.
PublicidadeArgentina e Brasil fizeram uma ressalva em “que reconhecem o papel da Organização das Nações Unidas na busca pela paz e segurança internacionais e consideram aquela organização o foro com mandato adequado para tratar do conflito na Ucrânia”.
O México fez uma outra ressalva, também destacando a “Organização das Nações Unidas como foro adequado para tratar este assunto”.
Já Canadá, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Paraguai e República Dominicana fizeram uma ressalva para reiterar “sua reprovação de maneira incisiva sobre a invasão ilegal, injustificável e não provocada da Ucrânia”.
A carta também reconhece que os Estados-Membros “podem fortalecer seus compromissos de enfrentar as mudanças climáticas e fatores ambientais, construir resiliência climática e investir na proteção ambiental”.
Os signatários também se comprometeram em “evitar a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, a caça furtiva de animais silvestres e a exploração mineral e florestas ilegais.
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