Nesta segunda-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de mais uma crítica por parte da imprensa internacional. Em uma coluna de opinião publicada pelo jornal Financial Times, o autor, Gideon Rachman, faz um paralelo entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, nas tomadas de decisões durante a pandemia.
Para o autor, a abordagem de Bolsonaro durante a crise sanitária apesar de “muito semelhante” com a de Trump, é “ainda mais irresponsável”. A imprensa internacional costuma se referir a Bolsonaro como o Trump dos trópicos, por conta das similaridades nas suas posturas e decisões.
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Segundo o texto, durante a pandemia de coronavírus as similaridades entre os dois passa pela “obsessão” das “supostas propriedades curativas” da cloroquina. Além disso, ambos têm gerado conflitos com suas equipes, enquanto Trump discute com conselheiros científicos, segundo o jornal, Bolsonaro, demitiu um ministro da saúde e provocou a sua substituição. “Bolsonaro tem obrigado o ministério da saúde brasileiro a emitir novas diretrizes recomendando a droga [cloroquina] para os pacientes com coronavírus”, afirma o jornal.
“Infelizmente, o Brasil já está pagando um preço alto pelas trapalhadas do seu presidente – e o cenário têm piorado rapidamente. O coronavírus atingiu o Brasil relativamente tarde”, afirma o jornal, que relata que o número de mortes no Brasil tem duplicado a cada duas semanas, em comparação com cada dois meses no Reino Unido, país que também foi fortemente atingido pela pandemia.
O jornal aponta o presidente Bolsonaro como o responsável pelo “caos na resposta que levou a pandemia a sair do controle. Como resultado, o dano na saúde e na economia sofrido pelo Brasil provavelmente será mais severo e profundo do que deveria ser”. Bolsonaro tem contribuído para o aumento da polarização no país, segundo o veículo “a união nacional não vai emergir enquanto o senhor Bolsonaro for presidente”.
Publicidade“As mortes e o desemprego causado pela covid-19 estão exacerbados sob a liderança do senhor Bolsonaro. Mas, perversamente, um desastre econômico e na saúde podem criar um ambiente mais propício para políticas de medo e insensatas”, afirma o jornal.
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