Steve Bannon, ex-assessor especial do ex-presidente norte-americano Donald Trump, se entregou na manhã desta segunda-feira (15) às autoridades policiais do país. Ele é acusado de fazer parte da organização da invasão ao Congresso norte-americano no dia 6 de janeiro deste ano. O estrategista político então teria desobedecido uma ordem dada por um comitê do Congresso dos EUA, que o denunciou por desacato na última sexta-feira (12).
A ordem de prisão se deu por conta do desacato à ordem de autoridade pública – já que o pedido de providências contra ele precisa ainda ser acatada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Bannon acabou liberado pouco depois pelo FBI, que conduziu a detenção.
A figura do ex-estrategista de Trump começou a surgir ainda em 2016, quando Bannon – um empresário e executivo de Hollywood, dono de um site que publicava notícias falsas ou distorcidas – passou a organizar a estratégia da vitoriosa campanha do empresário à presidência dos Estados Unidos, vencendo Hillary Clinton.
Bannon atuou como uma espécie de braço direito de Trump, cargo que ocupou até agosto daquele ano. Apesar de ter saído de maneira ruidosa da Casa Branca, Bannon jamais deixou de apoiar o presidente republicano até os dias finais do seu governo – quando houve a invasão ao Capitólio, sede da Câmara dos Representantes e do Senado dos Estados Unidos.
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A figura de Steve Bannon passou, com o mandato de Trump, a estar associada com diversos governantes de direita e extrema-direita mundo afora. No Brasil, Bannon mostrou proximidade com a família de Jair Bolsonaro. Oficialmente, os Bolsonaro nunca tiveram o auxílio do norte-americano, mas a troca elogios é mútua: o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho “zero-três” do presidente e braço internacional da família, faz constantes elogios ao americano, que já retribuiu e os recebeu nos Estados Unidos.
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