A nove dias de deixar o mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá passar pelo segundo pedido de impeachment em 13 meses. Nesta segunda-feira (11), a Câmara dos Representantes apresentou o pedido de impedimento contra Trump pelo crime de “insurreição”, ao convocar manifestantes contra o Congresso do país na última quarta-feira (6).
O pedido é encabeçado pelos deputados democratas David Cicilline, do estado de Rhode Island, e conta com o apoio da presidente da Casa, a também democrata Nancy Pelosi. Desde a invasão ao Legislativo, há seis dias, há um movimento crescente pelo impeachment ou afastamento do republicano Trump. Até mesmo Twitter e Facebook bloquearam as contas do presidente.
Leia abaixo a íntegra do pedido (em inglês):
Os autores do requerimento concluem que “o presidente Trump colocou em grave risco a segurança dos Estados Unidos e as instituições de governo. Ele ameaçou a integridade do sistema democrático, interferiu na transição pacífica de poder, e colocou em perigo um ramo do governo”.
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“Ele, portanto, traiu a sua confiança quanto presidente, para manifesto prejuízo das pessoas dos Estados Unidos.”
Um outro processo de impeachment contra Trump já passou pela Câmara em dezembro de 2019, por ter supostamente ter pedido que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, interferisse nas eleições de novembro do ano passado. Apesar disso, o presidente acabou sendo inocentado no Senado em janeiro de 2020, continuando no cargo.
Este novo pedido de impeachment seguirá como uma proposta alternativa de ação. A Câmara deve aprovar, também nesta segunda-feira, uma resolução pressionando o vice-presidente Mike Pence a retirar Trump do poder por meio da 25ª emenda à Constituição, que detalha como o presidente pode ser afastado por “incapacidade” de cumprir com seus deveres constitucionais.
Caso Pence não retire Trump em 24 horas, a Câmara levará adiante o processo. O tempo corre a favor de Trump, que encerra seu mandato no dia 20 de janeiro, dia da posse do democrata Joe Biden.
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