Durante a última reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), representantes dos Estados Unidos, União Europeia e do Reino Unido boicotaram o discurso do diplomata russo Sergey Lavrov. Enquanto o representante da Rússia discursava, os diplomatas saíram juntos da sala de conferência, e estenderam uma bandeira ucraniana no lado de fora. O Brasil não participou do boicote.
O gesto se deu no momento em que Lavrov discursava sobre desarmamento nuclear, demandando a desativação de tais equipamentos em países vizinhos e membros da OTAN com bases próximas à Rússia. O discurso incomodou os diplomatas, uma vez que a Rússia mantém estado de alerta nuclear máximo desde o início das operações militares na Ucrânia.
Países aliados da Rússia, como Síria e Venezuela, permaneceram na sala de conferências. Também permaneceu no local o representante do Brasil, que foi filmado fazendo anotações da fala de Lavrov. O diplomata russo, por sinal, não estava na sala: por conta do bloqueio de voos russos no espaço aéreo europeu, Lavrov não conseguiu comparecer na sede da ONU em Genebra, participando virtualmente da conferência.
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Paralelamente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky divulgou em suas redes sociais um vídeo em que acusa a Rússia de ter cometido um crime de guerra ao disparar um míssil na última madrugada contra a Praça da Liberdade, na zona residencial de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia e um dos palcos do confronto entre os dois países, que já dura cinco dias.
Autoridades ucranianas contabilizam 10 mortos e 35 feridos no último ataque a Kharkiv, sem especificar se foram militares ou civis. Parte da população permanece presa em escombros, com equipes de bombeiros enviadas para resgate. Segundo o ministro do interior, Anton Herashchenko, ainda há possibilidade de aumento do número na medida em que os escombros forem escavados.
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