O Ministério das Relações Exteriores recomendou que brasileiros deixem a Síria, apesar de informar que não há vítimas brasileiras de ações violentas. Em nota, divulgada no sábado (7), a pasta afirma que o governo do Brasil
“acompanha, com preocupação, a escalada de hostilidades” no país do Oriente Médio. Cerca de 3,5 mil brasileiros vivem na Síria.
“Exorta todas as partes envolvidas a exercerem máxima contenção e a assegurarem a integridade da população e da infraestrutura civis. O Brasil reitera a necessidade de pleno respeito ao direito internacional, inclusive ao direito internacional humanitário, bem como à unidade territorial síria e às resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, diz o comunicado.
O Itamaraty reforça no comunicado que apoia esforços para solução política e negociações pelo fim do conflito, que “respeitem a soberania e a integridade territorial do país.
“O Itamaraty, por meio da Embaixada em Damasco, permanece monitorando a situação dos brasileiros na Síria. Não há registro de nacionais entre as vítimas das hostilidades. O Itamaraty insta a todos nacionais que se encontrem no país a que busquem sair da Síria. Recomenda-se também que os brasileiros consultem o alerta, atualizado, disponível no portal consular: https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/portal-consular/alertas%20e%20noticias/alertas/alerta-consular-siria”, pontua o Ministério.
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Grupos de oposição ao presidente Bashar Al-Assad declararam ter tomado o controle da capital Damasco na madrugada deste domingo (8), afirmando que a Síria estaria “livre do ditador”. As facções que tomaram a cidade tem ligação com o grupo islâmico fundamentalista Hayat Thrir al-Sham (HTS).
Os rebeldes declararam em uma transmissão ao vivo pela televisão nacional síria que o “tirano al-Assad foi derrubado” e uma das primeiras medidas foi libertar todos os prisioneiros da principal prisão em Damasco. O grupo diz que al-Assad fugiu. O Ministério de Relações Exteriores da Rússia informou neste domingo que o presidente sírio renunciou e deixou o país depois de manter conversas com “várias partes do conflito armado”. A imprensa russa alega que al-Assad estaria em Moscou.