Durante a última reunião de emergência da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o embaixador Ronaldo Costa Filho afirmou que o Brasil se posiciona contra o uso da força da Rússia contra a Ucrânia como ferramenta de solução de litígio. O diplomata também manifestou preocupação sobre a velocidade com que o conflito está escalando.
“Nos últimos anos, temos visto uma deterioração progressiva da situação de segurança e do balanço de poder na Europa Oriental. (…) Estamos sob uma rápida escalada de tensões que pode colocar toda a humanidade em risco. Mas ainda temos tempo para parar isso”, declarou o representante brasileiro, afirmando também que o conflito de interesses entre Rússia e Ucrânia “não justifica o uso da força contra o território de um estado membro”.
Na mesma reunião, a China manifestou neutralidade na questão durante a Assembleia-Geral da ONU. Em seu discurso, o embaixador Zhang Jun afirmou que seu país defenderá a busca por uma solução pacífica para o conflito na região, e alertou para o dano deixado pela guerra fria para a diplomacia mundial. “A Ucrânia deveria servir como uma ponte de comunicações entre leste e oeste, e não como um entreposto de confronto entre potências”, declarou.
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