Acusado de tentar assassinar a vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner na noite desta quinta-feira (1), o brasileiro Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, se recusou a prestar depoimento na noite desta sexta-feira (2). Segundo o jornal argentino Clarín, o brasileiro foi interrogado pela juíza María Eugenia Capuchetti e pelo promotor Carlos Rivolo.
O suspeito foi interrogado na sede da Polícia Federal em Buenos Aires. Na ocasião, Fernando André Sabag Montiel ouviu a leitura dos fatos do crime em que é acusado (tentativa de homicídio). Ele se negou a responder perguntas, como as que lhe interrogavam sobre a motivação. O brasileiro apenas teria reclamado de um golpe no olho que recebeu quando foi retirado do local do ataque.
A polícia investiga se o brasileiro agiu sozinho ou se contava com parceiros na tentativa de homicídio. Ele tentou matar a vice-presidente da Argentina em frente a casa dela, na Ricoleta, em Buenos Aires.
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Confira o momento do atentado:
“Tatuagens não significam que somos nazistas”
Identificada como Ambar, a namorada do brasileiro acusado de tentativa de homicídio deu entrevistas à mídia argentina e disse que vem sofrendo ameaças. “Fiquei espantada. Não pensei que ele conseguiria fazer algo assim. Eu tinha amigos e nenhum deles me chamou a atenção [sobre atitudes do Fernando]”, disse a namorada do acusado à Telefe.
A namorada de Fernando André Sabag Montiel trabalha como ambulante e disse que nunca viu as munições encontradas pela polícia no apartamento do acusado. Ela também negou as acusações de que ela e o namorado seriam neonazistas. “As tatuagens são tatuagens e o fato de serem nazistas não significa que somos nazistas”. O brasileiro também usava as redes sociais para publicar pensamentos de extrema-direita.
Na investigação, a polícia argentina afirma que a arma utilizada pelo brasileiro na tentativa de homicídio foi roubada por ele de um amigo. O brasileiro, segundo a polícia, não consta como usuário legal de armas de fogo nos registros da Agência Nacional de Materiais Controlados (ANMac). Segundo o jornal La Nación, o revólver apreendido estava em condições de fazer o disparo, mas, no momento do ataque, não havia projétil na câmara (nome dado à cavidade traseira da arma).
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