Correspondentes que acompanham em Roma, na Itália, a reunião do G20, o grupo dos 20 países mais ricos do mundo, informam que o presidente Jair Bolsonaro, cercado de desconfiança por suas posições ambientais e formalmente denunciado pela CPI da Covid por crime contra a humanidade por suas ações na pandemia, ficou isolado no encontro.
O colunista e correspondente do UOL, Jamil Chade, flagrou Bolsonaro sozinho no sábado (30) em um canto do salão, tentando atrair a atenção dos garçons, enquanto outros líderes, como Angela Merkel, da Alemanha; Emmanuel Macron, da França; Antonio Guterrez, da Organização das Nações Unidas (ONU), e Ursula Van der Leyen, da União Europeia (UE), debatiam como iriam pressionar a comunidade internacional para criar um fundo conjunto para distribuir vacinas. Outras rodinhas semelhantes eram vistas no mesmo salão. Bolsonaro não participou de nenhuma delas. Tentou puxar conversa com os garçons: “Todo mundo italiano aí?”. Um garçom apenas acenou com a cabeça. Foi somente aí, que, segundo Chade, Bolsonaro conseguiu se aproximar, pedindo ajuda de assessores, do presidente da Turquia, Recep Erdogan, e entabular a conversa na qual criticou a Petrobras e mentiu sobre a expectativa de recuperação da economia brasileira.
Segundo o correspondente da BBC, Matheus Magenta, Bolsonaro foi um dos únicos líderes presentes ao encontro que não teve reuniões previstas com os demais. A exceção foi o presidente da Itália, Sergio Mattarella, anfitrião, que, por razões protocolares, recebeu todos os lideres.
De acordo com Ana Estela de Sousa Pinto, da Folha de S. Paulo, Bolsonaro deixou a reunião final do G20, neste domingo (31) e saiu para caminhar pelas ruas de Roma. Naquele momento, discurava na reunião de cúpula o Principe Charles, do Reino Unido.
Bolsonaro também não participou de uma visita organizada pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, à Fontana di Trevi. Dezoito líderes se reuniram e foram fotografados no famoso monumento para cumprir o famoso ritual de jogar moedinhas na fonte. Nomes como Angela Merkel, Macron, o primeiro ministro da Índia, Narendra Modi, e o do Reino Unido, Boris Johnson. Bolsonaro não jogou sua moedinha…
Esperar o que de presidente que tem suas origens no meio miliciano? Seria infantil pensar o contrário!