por Ranielly Aguiar*
O vice-presidente Geraldo Alckmin esteve no mesmo evento que o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, horas antes dele ser assassinado em Teerã. Não há registro de conversa entre os dois líderes no evento, posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, na terça-feira (30), que reuniu centenas de autoridades de diversos países.
A Guarda Revolucionária do Irã confirmou na manhã desta quarta-feira (31) a morte de Ismail Haniyeh e de um de seus guarda-costas, assassinados em Teerã na manhã do dia anterior. O caso segue sendo investigado. Não foram divulgados detalhes sobre a morte, que até agora não tem seu autor conhecido. Até agora, nenhuma entidade assumiu responsabilidade sobre o crime. O Irã e o Hamas acusam Israel do atentado.
“A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados“, declarou um comunicado da Guarda Revolucionária.
Segundo o Hamas, Ismail Haniyeh “foi morto num ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã”.
Em maio deste ano, Haniyeh teve sua prisão solicitada pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra cometidos no conflito Israel e Hamas. Junto com essa solicitação, a prisão de outros dois líderes do grupo, do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e de seu ministro de defesa, Yoav Gallant, também foram pedidas.
Segundo a agência de notícias estatal WAFA, o presidente palestino Mahmoud Abbas condenou a morte de Ismail Haniyeh. Grupos palestinos solicitaram greve geral e manifestações após a morte do líder.
“É um ato covarde que não ficará impune”, expressou a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas.
* Estagiária do Congresso em Foco com a supervisão dos editores Edson Sardinha, Louise Freire e Carlos Lins.
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