O futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está nas mãos de sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, a partir da noite desta terça-feira (27), começam a decidir qual será o seu destino. Ainda que os votos não tenham sido manifestados oficialmente, a maior parte deles já indica que Bolsonaro deve ter os direitos políticos cassados. A previsão é de cinco votos favoráveis à inelegibilidade contra dois em defesa de Bolsonaro. Caso fique inelegível, Bolsonaro só poderá voltar a disputar eleições em 2030.
Veja, voto a voto, quem são os sete ministros:
Benedito Gonçalves
Relator do processo que pode resultar na inelegibilidade de Jair Bolsonaro , o ministro Benedito Gonçalves é o primeiro a votar. Seu voto já é conhecido, ainda que não tenha sido oficialmente declarado, e é a favor da inelegibilidade de Bolsonaro. É ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde 2008, quando foi indicado ao cargo pelo presidente Lula.
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Raul Araújo
Segundo ministro a votar, Raul Araújo Júnior é oriundo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), para o qual foi indicado em 2010 pelo presidente Lula. Ele é um dos ministros mais pressionados pela defesa de Jair Bolsonaro para realizar um pedido de vistas. Caso isso ocorra, o julgamento será interrompido por 60 dias. A tendência é que seu voto seja contrário ao voto do relatório, ou seja, favorável a Bolsonaro.
Floriano de Azevedo Marques
O ministro Floriano de Azevedo Marques chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o apoio do presidente da Corte, Alexandre de Moraes. Foi nomeado para o cargo em maio pelo presidente Lula para uma das vagas reservadas a advogados. Seu voto deve ser a favor da inelegibilidade de Bolsonaro. Diretor e professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), é também professor de pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV).
André Ramos Tavares
É tido como um dos principais aliados do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes. A proximidade entre os dois coloca seu voto na urna dos que defendem a inelegibilidade de Bolsonaro. Foi indicado em maio pelo presidente Lula para uma das cadeiras reservadas a advogados. É professor titular de Direito Econômico e Economia Política da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Cármen Lúcia
Vice-presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia deve acompanhar o voto do relator Benedito Gonçalves no julgamento. É ministra do Supremo Tribunal Federal desde 2006, indicada pelo presidente Lula.
Kassio Nunes Marques
Indicado em 2020 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques é voto contabilizado a favor de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente também aposta em Nunes Marques para um pedido de vistas, que possibilitaria mais tempo para o julgamento.
Alexandre de Moraes
O último voto do julgamento que pode resultar na inelegibilidade de Jair Bolsonaro será dado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Seu voto deve ser pela cassação dos direitos políticos de Bolsonaro. É ministro do Supremo Tribunal Federal desde 2017, quando foi indicado pelo então presidente Michel Temer. Antes, foi ministro da Justiça do próprio Temer.
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