Durante a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que confirmou a suspeição de Sergio Moro nos julgamentos feitos contra o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, um bate-boca chamou a atenção ao final do julgamento. Antigos desafetos e com visões opostas em relação à operação, Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso bateram boca sobre o mérito do julgamento.
O debate era por um motivo meramente técnico: se o conflito ali discutido era entre o que o relator definiu contra o que a sua turma entendia, ou se era entre o que a turma entendeu contra o que o Plenário definiu. Após a intervenção de Gilmar, Barroso disse que estava interpelando o ministro juridicamente, e que “não precisaria vir com grosserias”.
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“Talvez isso exista no código do Russo”, ironizou Gilmar, se valendo da alcunha usada pelos procuradores da Lava Jato para se referir a Moro. Desta vez, nem a intervenção do presidente, efetivamente encerrando a sessão, foi capaz de acalmar os ânimos da corte.
Os ministros são desafetos antigos: em 2017, uma discussão em Plenário trouxe as rusgas dos dois julgadores, que sentavam-se quase frente a frente na corte”. À época, Barroso disse não ter entendido que havia passado do limite.
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