O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu nesta terça-feira (19) um pedido de rescisão da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. A informação é do portal G1, em reportagem das jornalistas Julia Duailibi e Andréia Sadi.
Mauro Cid foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O militar depôs à Polícia Federal (PF) durante a tarde e, segundo as jornalistas, declarou não ter conhecimento sobre o teor das investigações que sustentaram a Operação Contragolpe deflagrada pela PF no mesmo dia. De acordo com a reportagem, os investigadores não ficaram satisfeitos com a resposta e consideram que Cid omitiu informações quando fez sua delação premiada. A investigação indica que Cid trocou mensagens a respeito do esquema golpista com o general da reserva Mario Fernandes, um dos presos na operação desta terça.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, pediu que a Procuradoria-geral da República se posicione sobre o tema. Vai tomar uma decisão depois que receber a manifestação.
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Se o cancelamento for confirmado, Mauro Cid perde os benefícios da delação premiada, como redução de pena. As revelações feitas pelo ex-ajudante de ordens para a PF seguem valendo para as investigações que envolvem Jair Bolsonaro.