O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para aceitar denúncia do Ministério Público contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP). Em julgamento realizado no plenário virtual da Corte – quando os votos são depositados no sistema, sem que haja debate presencial –, os ministros decidiram por 9 a 2 tornar a parlamentar ré no inquérito sobre o incidente em que Zambelli puxou uma arma em São Paulo, na região do Jardins, pouco antes das eleições de 2022.
O caso é relatado pelo ministro Gilmar Mendes, que votou pela aceitação da denúncia. Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Edson Fachin, Luiz Fux, Roberto Barroso e Rosa Weber votaram junto com o relator. Nunes Marques e André Mendonça divergiram.
Em 29 de outubro de 2022, véspera do segundo turno das eleições, Carla Zambelli sacou uma pistola 9mm em uma rua com circulação de pessoas em Jardins, na capital paulista, e perseguiu um homem que a importunava. A cena foi registrada em vídeo e amplamente noticiada. Antes da perseguição, o homem dizia para a deputada que Lula seria eleito no dia seguinte.
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Com o resultado, a deputada torna-se ré por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal: além da perseguição, a parlamentar pode ter violado a lei eleitoral, que suspende o porte de armas nas 24 horas anteriores às eleições.
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