A Procuradoria Geral da União (PGR) pediu nesta quinta-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um processo para investigar as falas do senador Magno Malta (PL-ES) feitos na terça-feira (23) sobre o caso de racismo sofrido pelo jogador Vinicius Júnior no campeonato espanhol.
Em sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o senador afirmou que a mídia seguia dando repercussão ao para dar “ibope” aos veículos, “revitimizando” o jogador. Em seguida, questionou: “Então, é o seguinte: cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco? O macaco está exposto. Vejam quanta hipocrisia! E o macaco é inteligente, está bem pertinho do homem, a única diferença é o rabo”.
Na mesma fala, o senador do PL dá a entender que a questão do racismo foi superdimensionada e que o caso também há “inveja” nos ataques contra Vini Jr: “O que fizeram é uma barbaridade, é desonesto o que fizeram, é desonesto. Naquilo que fizeram com ele, a gente leva tudo para a cor da pele, mas tem muita coisa envolvida ali: tem inveja, queria ser ele e não é”, argumentou.
NOTÍCIA CRIME
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A bancada do Psol também entrou, na terça-feira (23), com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal e acionou o conselho de ética do Senado contra o senador Magno Malta (PL-ES) pelas falas dele.
CASO DE RACISMO
PublicidadeO jogador Vinicius Junior, do Real Madrid, foi vítima de insultos racistas por parte dos torcedores do Valencia nesse domingo (21). Ao longo do jogo, a torcida gritou palavras como “macaco” e “morra” para o atleta. A partida chegou a ser paralisada pelo árbitro e, posteriormente, foi retomada.
Na terça-feira (23), quatro homens foram detidos na Espanha por suspeita de crime de ódio, por terem pendurado um boneco negro enforcado com a camisa do Real Madrid, time que Vini Jr. joga, com o nome do jogador. Foram libertados nessa quinta-feira (25) sob fiança, segundo o tribunal de Madri, e responderão em liberdade.
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