A Polícia Federal abriu, na manhã desta terça-feira (25), o segundo inquérito para investigar o ataque a facada contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), ocorrido no último dia 6 em Juiz de Fora (MG). O delegado regional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Rodrigo Morais, afirma que vai apurar a eventual participação de uma organização criminosa na autoria do crime cometido por Adélio Bispo de Oliveira.
Todos os elementos colhidos até o momento no primeiro inquérito, ressalta o delegado, indicam que o criminoso agiu sozinho, por conta própria. Preso em flagrante após dar uma facada na região abdominal de Bolsonaro, Adélio disse que acertou o candidato “a mando de Deus”.
Segundo Rodrigo Morais, todo o material apreendido com o agressor, como um notebook e quatro aparelhos de telefone celular, continua a ser examinado. Os policiais pretendem investigar agora os dois últimos anos da vida de Adélio para apurar se alguém o incentivou a atacar o candidato do PSL.
Ontem, ainda no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde se recupera dos ferimentos, Bolsonaro levantou suspeitas sobre a atuação da PF no caso. Em sua primeira entrevista após o atentado, concedida à rádio Jovem Pan, o presidenciável acusou a Polícia Federal de tentar “abafar o caso”.
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“Ele foi para cumprir a missão dele e isso me mostra que teria gente por trás disso. Pelo que ouvi dizer, a Polícia Civil de Juiz de Fora está mais avançada nas investigações que a Polícia Federal, que tenta abafar o caso. Parece que a PF age em parte como uma defesa do criminoso. Não quero que inventem o responsável, mas quero que apurem o caso”, disse.
A PF pretende concluir o primeiro inquérito até a próxima sexta-feira (28).
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