O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou neste sábado (4) a transferência do presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, para o Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
O presidente da sigla estava internado na UPA do Complexo Penitenciário de Gericinó desde a última quarta-feira (1). O seu quadro de saúde é considerado estável.
Moraes destaca na decisão que Roberto Jefferson continuará preso preventivamente e terá de fazer uso da tornozeleira eletrônica.
“Cumpre destacar, inicialmente, que, em recente decisão datada de 31/8/2021, mantive a prisão preventiva de ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO, reputando-a necessária e imprescindível à garantia da ordem pública e à instrução criminal”, escreve.
O ministro também ressaltou que o ex-deputado não poderá dar entrevistas, receber visitas, acessar as redes sociais e nem ter acesso aos processos pelas quais é investigado.
Roberto Jefferson está preso em Bangu 8, desde 13 de agosto. A prisão preventiva foi decretada por Moraes, que listou os crimes de calúnia, difamação, injúria, associação criminosa, denunciação caluniosa, além de descumprimentos passíveis de pena dentro da Lei de Segurança Nacional e do Código Eleitoral.
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Também há suspeita de utilização de dinheiro público do fundo partidário para promover ataques antidemocráticos nas redes sociais. Um dos vídeos com esses ataques contra o Supremo foi veiculado nas redes socais do PTB.
Na última sexta (3), Jefferson voltou a criticar o STF. Em carta, disse que a corte brasileira estaria acima da lei e agindo de maneira “tirânica” contra conservadores. Em mais de um momento, Jefferson buscou comparar a ação do Supremo brasileiro ao da Venezuela.
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