O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, detalhou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (4) que os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), presos hoje, estavam indo em direção ao exterior. Os dois presos, Rogério Mendonça, 36 anos, e Deibson Nascimento, 34 anos, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, foram localizados em Marabá, no Pará, a mais de 1.500 km de distância do município de onde fugiram.
O ministro iniciou sua fala afirmando que a prisão demonstra a eficiência da forças de segurança pública no país, mas não deve ser vista como uma “boa notícia”. Ele argumentou que se trata de uma “notícia asseguradora para a sociedade, no sentido de que conta com forças de segurança competentes que cumprem suas missões constitucionais”.
Segundo Lewandowski, os fugitivos foram presos por volta das 15h30 desta quinta-feira na rodovia federal 222, próxima à Marabá. Ainda de acordo com ele, os foragidos “estavam se dirigindo para o exterior”. Na abordagem, os criminosos estavam em um “verdadeiro comboio do crime”, três carros foram apreendidos, junto de celulares e um fuzil. Além de Rogério e Deibson, também foram presos quatro comparsas que estavam nos demais veículos
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“Foi uma operação extremamente bem sucedida, porque não foi disparado um tiro, não houve feridos, não houve feridos, seja da parte da polícia, dos criminosos ou da população em geral. Foi um trabalho puramente de inteligência. Os dois fugitivos voltarão ao local de onde saíram, para a Penitenciária de Mossoró”, complementou o ministro.
A Penitenciária Federal de Mossoró, para onde os foragidos vão retornar, vai ser reformulada no que diz respeito aos equipamentos de segurança, de acordo com Lewandowski. Além disso, ele afirmou que os criminosos ficarão em celas separadas e pontuou também a mudança na direção do presídio e o aperfeiçoamento dos protocolos, incluindo vistorias diárias.
“O envio da Força Nacional se deveu não apenas para auxiliar nas buscas, mas sobretudo para dar segurança à população, na medida em que dois criminosos de alta periculosidade estavam ameaçando os moradores daquela localidade”, disse o ministro sobre a atividade conjunta das diferentes forças de segurança investidas na captura dos fugitivos.
Em relação aos 50 dias entre a fuga e a prisão dos fugitivos, Lewandowski disse considerar “um prazo razoável” para a operação. “É um prazo que segue os paradigmas internacionais de localização de fugitivos de penitenciárias, ou seja, não chegamos a dois meses em um país de dimensões continentais. O local onde eles se refugiaram era um local de matas, de Caatinga, uma área imensa”.
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