Governadores de ao menos 18 estados apresentaram uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir as convocações de alguns chefes estaduais a depor na CPI da Covid, nesta sexta (28). Nesta semana, a comissão parlamentar de inquérito do Senado Federal aprovou a convocação de nove chefes de executivo.
No pedido – que deve se transformar em um Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) na corte – os governadores argumentam que a convocação feita pelo Senado é ilegal, uma vez que a União não pode interferir na gestão administrativa local.
Veja a íntegra da ação levada ao Supremo:
“Por simetria, compete às Assembleias estaduais a fiscalização e controle da Administração Pública estadual, direta ou indireta, bem como apreciar as contas prestadas pelo Governador”, argumentam os reclamantes.
Na terça-feira (25), os senadores da CPI da Covid aprovaram a convocação de Wilson Lima, do Amazonas; Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; Waldez Góes, do Amapá; Helder Barbalho, do Pará; Marcos Rocha, de Rondônia; Antônio Denarium, de Roraima; Carlos Moisés, de Santa Catarina; Mauro Carlesse, de Tocantins; e Wellington Dias, do Piauí. A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, foi convocada junto ao ex-governador do Rio, Wilson Witzel.
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O pedido conclui que não há previsão constitucional para a convocação na CPI, e por isso deve ser negada pela suprema corte “Ora, uma vez permitida a convocação de Governadores em CPIs no âmbito do Congresso Nacional, estar-se-ia autorizando uma nova hipótese de intervenção federal no âmbito das gestões administrativas estaduais”, escrevem.
PublicidadeAlém dos governadores chamado ao Senado, assinaram a ADPF encaminhada ao presidente da corte, Luiz Fux, os líderes dos estados de Alagoas (Renan Filho),Bahia (Rui Costa), Espírito Santo (Renato Casagrande), Goiás (Ronaldo Caiado), Maranhão (Flávio Dino), Pernambuco (Paulo Câmara), Rio de Janeiro (Cláudio Castro), Rio Grande do Sul (Eduardo Leite) e São Paulo (João Doria), Sergipe (Belivaldo Chagas). O governador de Roraima, Antônio Denarium, deve assinar o texto até a segunda-feira (31).
A convocação dos governadores é uma pauta defendida pela base governista na CPI – em minoria, os senadores buscam ampliar o escopo das investigações para além do governo federal. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que é contra a convocação, mas que uma decisão do STF pela possibilidade poderá abrir espaço para um depoimento do presidente Jair Bolsonaro.
O governador do Piauí, Wellington Dias, disse que o objetivo é colaborar. “Mantemos a disposição de comparecer, como convidado, e pronto para colaborar, mas cumprindo a Constituição.”
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Todo mundo querendo tirar o seu C.Ú da reta.
Né?
Ninguem precisa ser “jurista” prá entender o que manda o Artigo 23 da Constituição de 88, e que foi ultra rápidamente referendado por um decreto do extraordinário Ministro Alexandre de Morais. Portanto esse papo dos governadores ou prefeitos é no mínimo surreal, conversa prá boi dormir, para a bisonha Constituição de 1988 e nesse caso de pandemia,todos são iguais, portanto deixem de conversinha, principalmente o tal de Flávio Dino que diz que é a Assembléia do Maranhão que se porventura ele cair na malha fina é que deve julgá-lo …eita comunista esperto!
Dois soldados e um cabo. Tá demorando..
O que está demorando, a tentativa de instalar uma ditadura? Acho que nesse caso os militares também se livrariam o quanto antes do bozo.
nesse caso de pandemia,todos são iguais, portanto deixem de conversinha
Que bom, pois então também podem convocar essa figura deplorável que no momento habita o Planalto.