O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou que só vai decidir se apresenta ou não denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados por tentativa de golpe e abolição violenta do Estado Democrático de Direito em 2025. Gonet, que participa de evento jurídico em Lisboa, ressaltou que o caso é complexo e exige uma análise cuidadosa.
“A situação é extremamente delicada, tanto pela diversidade de indivíduos implicados quanto pela seriedade das alegações. Qualquer ação, seja a apresentação de uma denúncia, o arquivamento do caso ou novos pedidos investigativos, precisa de um exame detalhado”, declarou o procurador-geral à CNN Brasil.
O inquérito, enviado pelo ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, é extenso, com mais de 880 páginas, e contém evidências contundentes sobre um plano que incluía assassinatos de figuras políticas, como o presidente Lula, seu vice Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
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Além disso, as investigações também implicam Bolsonaro em tentativas de barrar a posse de Lula e alimentar discursos que minam a confiança nas urnas eletrônicas.
No mesmo evento que Gonet, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, classificou as conclusões do relatório da Polícia Federal como “altamente preocupantes” e defendeu reformas estruturais para preservar a democracia. Para o ministro, forças policiais devem ser despolitizadas e militares, afastados de funções administrativas.
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